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Foto do escritorAROMAYUR

Ansiedade um desafio da atualidade

O meu nome é Sofia Pereira e sou Terapeuta. Licenciada em Psicologia e mestre em

Psicologia Clínica e da Saúde, especializei-me em Hipnoterapia clínica e vidas passadas alguns anos depois de me formar e sentir que me faltava alguma coisa. Depois desta formação “desbloqueei” totalmente o receio do julgamento social, assumi a totalidade daquilo que fazia a minha alma vibrar, e corri atrás do mundo holístico para complementar o meu trabalho, e adquirir a possibilidade de trabalhar cada individuo sob uma abordagem mais completa – corpo, mente e espírito. Formei-me em tarot básico, kármico e sistémico, bioenergética, bio descodificação, chakras e tantos outros que ainda me fazem sentido explorar, e que sem pressa lá chegarei.

Não poderia terminar a minha apresentação sem vos dizer que sou mãe de 3 meninas, tenho uma família que amo, e que inspira, fortalece e engrandece o ser humano que sou.

A maternidade jamais impediu que fizesse aquilo que mais amo, e que é ajudar outras pessoas a se encontrarem a elas mesmas, tal como me encontrei a mim e encontro todos os dias a viver a vida que me faz feliz!


Na dinâmica do meu trabalho, fui-me apercebendo que os quadros de ansiedade se foram tornando uma das problemáticas mais limitantes da atualidade. Existem milhares de pessoas em todo o mundo que lutam bravamente contra este desequilíbrio, e na minha prática é sem dúvida um dos motivos que mais conduz as pessoas à procura de ajuda.

Infelizmente, isto acontece num estágio normalmente mais avançado do que seria

desejável. Este dado evidencia-se não só porque as pessoas vão ignorando os primeiros sintomas, mas também porque a ansiedade tem uma velocidade de alastre estrondosa e é muitas vezes confundida com problemas de saúde fisiológica. A maioria das pessoas acaba por se aperceber que quanto mais foge da ansiedade e dos seus gatilhos, piores as coisas se tornam e mais se estreitam as suas vidas.


Primeiro que tudo é essencial distinguirmos a ansiedade adaptativa da ansiedade

disfuncional. Todos nós sentimos ansiedade, ela faz parte da experiência humana e é

fundamental à nossa sobrevivência. Todos nós sabemos o que é sentir medo quando somos confrontados com um estranho na rua que consideramos ameaçador, ou ficar ansiosos antes de uma prova importante, uma entrevista de emprego ou até quando aguardamos pelo resultado de um exame de saúde. É difícil imaginarmos viver a nossa vida num estado de calma permanente, em que estamos livres de quaisquer incertezas, medos, riscos, perigos ou ameaças, portanto, o medo e ansiedade fazem parte da vida e protegem-nos.


O que acontece é que nem todas as experiências de medo e ansiedade são boas para nós, e a ansiedade torna-se desadaptativa quando se torna opressora, caracterizada por sentimentos excessivos e persistentes de apreensão, preocupação, tensão e nervosismo

sob situações quotidianas que a maioria das pessoas encara com pouca preocupação.

Podemos desta forma descrevê-la como um estado de apreensão excessiva e de excitação física, em que a pessoa acredita que pode prever acontecimentos futuros potencialmente aversivos. Portanto, uma perturbação de ansiedade pode ser limitante ao ponto da pessoa viver num estado de inquietação constante, levando em muitos casos à incapacidade total de sair de casa por exemplo, ou deixar de fazer coisas que antes eram prazerosas, e algumas até corriqueiras, como ir ao supermercado.

Os cérebros automaticamente examinam o ambiente em busca de sinais de ameaça – o que chamamos de sinais de perigo. O nosso sistema de memória e habilidades de raciocínio tornam-se tendenciosos quando estamos ansiosos, de modo que tendemos a recordar experiências passadas ansiosas ou assustadoras e produzir explicações e expectativas ameaçadoras.


De acordo com a minha experiência clínica, acredito que um dos grandes problemas que nos conduziu enquanto sociedade ao aparecimento excessivo desta condição, prende-se muito com o exercício inadequado da atividade do pensamento. Vivemos numa sociedade complexa, produzimos muito e sentimos essa exigência, e sermos essa espécie inteligente trouxe-nos enormes vantagens, mas também graves problemas.

Sabemos que não existe emoção sem pensamento, e desta perspetiva, o pensamento é o primeiro aspeto que conduz ao aparecimento de uma emoção, e consequentemente à ação.

Por isto, o pensamento tem de ter uma velocidade produtiva adequada para propiciar saúde emocional. Se essa velocidade estiver elevada, e qualidade também for baixa, isto conduz a uma série de sintomas como irritabilidade, insatisfação existencial, défice de memória, fadiga excessiva, sono alterado, dificuldade de extrair prazer nos estímulos da rotina diária, sentimento de vazio existencial, etc.

A ansiedade pode manifestar-se de diversas formas em diferentes pessoas, e é por isso que muitas vezes os sintomas acabam por passar despercebidos, não só porque a nossa consciência está pouco expandida para o Self, mas também porque grande parte das pessoas acha que sofrer de ansiedade passa por ter crises ansiosas evidentes, com sintomas físicos exacerbados ou até mesmo ataques de pânico, o que não corresponde à realidade de todas as pessoas que padecem desta patologia.

O objetivo no tratamento da ansiedade passa sobretudo por descobrir a sua origem, que pode evidentemente estar no presente, mas que a minha experiência me tem mostrado que na maioria dos casos está muito lá atrás, nas fundações, até porque tem uma componente genética, porém, é despoletada por mudanças significativas do presente.

Não existe um método! Vai depender de cada pessoa e da forma como sente esta

ansiedade, como a manifesta, e do que efetivamente se manifesta tolerável durante o processo terapêutico. Ainda assim, ensinar a pessoa a tolerar a ansiedade e não a evitá-la, é chave de ouro! Claramente, pessoas que chegam à terapia com limitações muito grandes acabam por normalmente ter um processo mais demorado porque a pessoa foi permitindo que o medo ou os medos associados à ansiedade controlassem o seu pensamento e a sua vida, e há toda uma mudança de “software” mental a ser feito. Porém, isto não é regra.



Quero concluir reforçando que a ansiedade varia muito entre situações e de pessoa para pessoa, mas o modo como pensa determina se a ansiedade diminui ou aumenta. Pensar sobre a ameaça ou perigo e a vulnerabilidade ou impotência fará a ansiedade persistir. E por isso, na terapia são todos esses aspetos e muitos mais que são analisados e trabalhados de acordo com a individualidade de cada pessoa para que se possa dirigir o pensamento para riscos aceitáveis e capacidade pessoa, conduzindo assim ao declínio da ansiedade.






Espero que este artigo vos seja útil, e que cada um de vós, recorrendo ao vosso centro interno, possam reconhecer os próprios desequilíbrios e procurar a ajuda que precisem, sem vergonha e sem medos. Vivermos livres é vivermos felizes.

Com muito amor,

Sofia.

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